Competitividade do Turismo nas Cidades Históricas abre debate desta quarta-feira, 12

12042017 Competitividade TurismoPlanejamento e sustentabilidade foram palavras-chave no segundo dia do 3º Congresso Brasileiro das Cidades Históricas Turísticas e Patrimônio Mundial. O evento teve início nesta terça-feira, 11 de abril, na sede da Confederação Nacional de Municípios (CNM). Mais de 300 participantes acompanharam os debates da palestra “Competitividade do Turismo nas Cidades Históricas e Patrimônio Mundial” .

O presidente do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur), Vinicius Lummertz, destacou a necessidade de o Brasil se planejar, considerando aspectos sociais e também econômicos. “Nós temos potencial, mas precisamos quebrar paradigmas e criar um plano sustentável. Mas deve ser considerada a sustentabilidade econômica. É preciso que a relação entre público e privado seja transparente, tenha regras claras e possa, assim, gerar confiança. Isso é o que precisamos para mudar este país”, apontou.

Ele alertou que muitas vezes o brasileiro compreende de maneira equivocada o termo competitividade, realidade que precisa ser modificada para ser possível avançar. “Para nós, a palavra competitividade às vezes assusta. Temos a impressão de alguém vai perder e alguém vai ganhar. Porém, no mundo em que vivemos, de uma evolução de um sistema que também pouco gostamos de pronunciar, que é o capitalismo, isso afasta as pessoas. Se não há competitividade, nao ha afluência social”.

Lummertz também apontou os avancos que o Brasil vem fazendo, mas questionou a efetividade dos gatos publicos ressaltou que o sistema brasileiro nao é produtivo. “Não há vida econômica fora de produtividade. É preciso uma nova fase, por isso a necessidade de reformas”. E destacou que o país utiliza dos bens naturais e culturais de forma ineficiente, como no caso dos parques nacionais. “Nossos parques naturais têm muito menos visitantes do que nos Estados Unidos, por exemplo. Os americanos souberam trabalhar essa questão. Isso faz com que gire a economia. Em cidades históricas também deveria ser desse jeito, mas muitas veses nao tem um projeto que faça girar a roda da economia a fim de que fique vantajoso”, alertou.

Potencial turístico

Representando o Ministério do Turismo (MTur), o secretário Executivo do Turismo, Alberto Alves, apontou a importância dos Municípios no processo de valorização do turismo, especialmente para ajudar a melhorar as ofertas no Brasil. “Vocês, prefeitos, têm a tarefa de gerenciar os Municípios e conhecer o patrimônio que possuem em suas cidades”, afirmou. Ele falou sobre a importância de cultura e turismo andarem de maõs juntas. “O Brasil, além das praias lindas e maravilhosas, além da gastronomia, tem muitas outras coisas para mostrar”.

Alves mostrou aos participantes dados sobre o setor. Ele mostrou que o Brasil é o primeiro no mundo em recursos naturais e o oitavo em recursos culturais. Além disso, o secretário apontou que 60% dos brasileiros acredita que o país aproveita pouco ou nada seu potencial turístico. Para ele, algumas medidas estão sendo realizadas para mudar esse cenário. Entre essas, o “Brasil + Cultura”, lançado nesta terça. “Ontem, foi um dia histórico e uma quabra de paradigma. Finalmente, o governo decidiu que o turismo vai de fato fazer parte para dar condiçõe para a gente voltar a crescer”.

O secretário Nacional de Estruturação do Turismo, Neusvaldo Lima, também esteve presente e reforçou a importância das administrações locais. “Em todo nosso planejamento, os prefeitos são protagonistas. Estamos montando essa partitura e os senhores vão trazer o enredo”, disse. Ele também lamentou fato de ter muitos sítios com potencial turístico em ruínas. “O nosso cenário requer planejamento. Podemos começar uma nova história e transformar esse limão em uma limonada”, disse.