Meu Município, meu patrimônio: Porto Nacional (TO) aposta em potencial turístico para aquecer a economia

Sec Turismo/TOA 58 quilômetros da capital Palmas, o Município de Porto Nacional, em Tocantins, preserva seu centenário patrimônio cultural de olho nas possibilidades turísticas. O centro histórico local foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 2008 e abrange cerca de 250 edificações, incluindo a Catedral Nossa Senhora das Mercês, construída no estilo da arte românica de Toulouse (França) e inaugurada em 1904.

Prefeito do Município, Joaquim Maia Leite Neto vê nas belezas da cidade um meio de desenvolver a economia local. “Temos os desafios que têm outras áreas tombadas no país, no que diz respeito à própria manutenção desse sítio arquitetônico, mas temos buscado que isso seja um incentivador do turismo para a nossa cidade”, avalia.

No sábado, 17 de agosto, é celebrado o Dia Nacional do Patrimônio Histórico. De Norte a Sul do Brasil, há Municípios com a missão de preservar a história e a cultura nacional. Para mostrar essa importante tarefa – e incentivar que todos os conheçam –, a Confederação Nacional de Municípios (CNM) mostra, nesta semana, conjuntos urbanos tombados na série Meu Município, meu patrimônio

Turismo

De olho em oportunidades que divulguem Porto Nacional (TO) e atraia turistas, a prefeitura investe em medidas para tornar o local um roteiro fixo no ecoturismo e no turismo de aventura. Em 28 de agosto, pela segunda vez, o Rally dos Sertões 2019 chegará ao Município. Mas, de maneira inédita, o local terá o título de cidade anfitriã do evento no Estado.

Nesta edição, a cidade terá a Vila Sertões, espaço com área de box para as equipes e as carretas da organização, sala de imprensa, praça de alimentação, tendas culturais, entre outros. “Estamos aproveitando esse momento para divulgar Porto Nacional turisticamente como uma cidade que pode ser incluída no roteiro dos turistas, tanto pela parte natural quanto pelo patrimônio histórico que tem”, explica o gestor. AI Gaia Expedições

Ainda nos planos de explorar o potencial turístico da região, o prefeito vê um caminho também na pesca esportiva. A proximidade de Palmas – o aeroporto da capital fica a apenas uma hora de carro de Porto Nacional – também é vista como um diferencial.

A CNM estimula que os Municípios desenvolvam o turismo para impulsionar o desenvolvimento municipal. Essa atividade econômica é capaz de gerar emprego e renda, aumentar a arrecadação local e dar visibilidade, por exemplo. Para apoiar o trabalho dos gestores nesse setor, a entidade disponibiliza cartilhas e outros materiais com a temática na Biblioteca on-line

Centro histórico

A história de Porto Nacional está estritamente ligada à navegação pelo rio Tocantins e à extração de ouro. De acordo com o Iphan, a mineração foi responsável pelos pequenos núcleos de habitantes que se estabeleceram na região. Os bandeirantes chegaram ainda no final do século XVI. Mais tarde, em 1738, foi anunciada a descoberta de ouro e surgiram vários povoados. No passado, o local se chamava Porto Real – o título de Município e o nome atual datam de 1861.

Ainda de acordo com informações do instituto, no início de 1860, “Porto Imperial havia se transformado em um importante empório comercial, com muitos comerciantes, comércio fluvial intenso com o Norte e mais de quatro mil habitantes”. Em 1886, chegaram os primeiros religiosos da Missão Dominicana vindos da Europa. Eles se instalaram na cidade e construíram praças, vielas e casarões, como a catedral e o Seminário São José, que até hoje é sede da congregação.

O centro histórico abriga ainda o Museu Histórico Cultural, a Prefeitura Velha, o Arquivo Municipal, o Prédio do Abrigo João XXIII e a Biblioteca Municipal Eli Brasiliense, entre outros. “É uma cidade que tem o centro histórico à margem do rio Tocantins, uma área de casario em estilo colonial e que teve seu tombamento por ter preservado grande parte dessas características coloniais”, resume o prefeito.

Tombamento e registro

Quando um bem tem representativade histórica e cultural para o país e precisa ser preservado, o Iphan – após processo com diversas etapas – pode declarar o seu tombamento ou registro. Para saber mais sobre o assunto, acesse as publicações da CNM: Preservação do Patrimônio Cultural: o Tombamento e o Registro de Bens Culturais e Patrimônio Cultural: o Tombamento e o Registro de bens culturais nos Estados. Além disso, assista à Roda de Conhecimento que esclarece o conteúdo dessas publicações da área técnica de Cultura da Confederação.

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Por Amanda Martimon
Da Agência CNM de Notícias
Fotos: Turismo-TO e Gaia Expedições